Hortas em Pequenos Espaços
Há diversas e criativas possibilidades para se montar uma horta em casa, adaptada ao espaço e aos recursos que se tem. Uma horta pode estar em lugares reduzidos, ser muito charmosa e econômica bastando um pouco de planejamento.
Este jardim vertical, feito de vasos de cerâmica e extensores de metal, está otimizando o espaço de uma varanda, deixando-a mais proveitosa.
É indiscutível a importância das plantas na vida dos seres vivos e dentro de casa elas também oferecem muitos benefícios, tanto para a saúde e bem estar da família, pela terapia de cuidar de outras vidas e ingerir alimentos mais saudáveis, como para o meio ambiente, auxiliando na limpeza do ar, diminuindo o incentivo à utilização de venenos, tornando o ciclo de consumo dos recursos naturais mais sustentável.
Para começar a planejar esse investimento é necessário estar atento a alguns pontos como: a escolha do local de instalação, a eleição das plantas a serem utilizadas e a manutenção e cuidado das espécimes.
Local
Para começar a criação é necessário achar o melhor local da casa de acordo com espaço disponível e incidência de luz solar. É preciso estar com o olhar atento para encontrar o espaço mais adequado, seja em uma parede, uma janela, numa sacada, um patio, etc. Em ambientes de térreo tem a possibilidade de restauração ambiental, com a retirada do concreto. Se há um espaço mais amplo, pode-se planejar a otimização deste, com as dicas que falaremos aqui.
Hortas em floreiras adaptadas ao espaço disponível, seja ele em jardim, terraço, varanda ou terreno.
Uma boa quantidade de luz solar é bastante importante para o desenvolvimento saudável das plantas. Há algumas espécimes que precisam de mais luz do que outras, como é o caso do alecrim, em relação ao manjericão. Isso deve ser levado em conta na hora da distribuição das mudas no espaço. Ou seja, esteja atento à passagem do sol no seu lar: um mínimo de 4h diárias é desejável. Saber a orientação do terreno pode ajudar, pois, se for para o lado Norte, geralmente tem boa iluminação, já os de face sul, não recebem muito sol; o lado leste recebe mais sol durante a manhã e os de lado oeste, pela tarde.
Forma
Após a escolha do local ideal, planeja-se o formato da horta e quais materiais utilizar. E nesta etapa leva-se em consideração os recursos financeiros disponíveis para este investimento.
Jardins verticais, em diferentes camadas, com reaproveitamento de materiais já utilizados como é o caso das latas, garrafa PET e palets ou mais acessíveis como o de cano pvc. Todas opções com uma bela composição que podem trazer mais harmonia para a sua casa.
A disposição da horta se dá conforme o espaço, podendo ser: horizontal, no chão ou em cima de objetos; vertical, em paredes, janelas, grades, suspensas; ou diagonal, em estruturas pré planejadas. Sabendo onde estará e qual deve ser o formato da horta, se escolhe com que materiais fazê-la. Se não há muito recurso ou se idealiza uma iniciativa mais sustentável, podem ser reutilizados materiais como garrafas PET, pneus, balde, lata, telha, sapato, palets, caixa de frutas, ou o que estiver disponível e/ou dentro de seus critérios funcional-criativos. Se há mais recursos e interesse em investir em algo mais sofisticado e/ou moderno, há como comprar estruturas industrializadas, como é o exemplo da Horta Verde Vida. Há também como mandar fazer conforme as medidas desejadas ou construir sua própria estrutura conforme, com materiais como: cano pvc, plástico, fibra de coco, bambu, madeira, cerâmica.
Jardins verticais mais requintados em estruturas pré fabricadas de madeira e plástico, criam um espaço visualmente atraente e interativo.
Espécies
Depois do local e estrutura escolhidos, vem a etapa final, que é a escolha das espécies desejadas e o seu plantio. Isso varia conforme: exposição ao sol; tamanho dos recipientes para as plantas; tamanho do terreno; gosto pessoal; disponibilidade das mudas e/ou sementes; estação do ano.
* Dependendo da quantidade de sol, há espécies que se adaptam melhor, como é o caso das hortaliças. Mas, como já citado, com 4 horas de sol diário, há muitas possibilidades de espécies capazes de se desenvolver neste ambiente.
* Quanto maior o recipiente para plantar, melhor. Assim a planta pode desenvolver suas raízes e crescer sem encontrar barreiras. Mas isto não é uma regra, também se adaptam em espaços mais estreitos.
* Escolha suas plantas conforme o seu gosto. Algumas opções de temperos: manjericão, cebolinha, hortelã, salsinha, alecrim, tomilho, orégano; de frutas e legumes: tomate - embora seja uma fruta, é popularmente consumido como uma verdura, alface, couve; de chás: boldo, capim limão, erva cidreira, camomila.
Deve-se estar atento ao vento. Procure um local mais protegido, para não comprometer o desenvolvimento das espécies desejadas. Caso corra bastante vento e, não tenha como fazer uma estrutura para barrá-lo, a lavanda, o tomilho, o alecrim, o capim-limão e a citronela são algumas opções mais resistentes a este empecilho.
O equilíbrio da terra é essencial para a nutrição das plantas. É necessário ter, em média: 60% areia, 23% argila, 2% calcário e 5% de matéria orgânica, que pode ser esterco de aves, húmus de minhoca ou composto. Visualmente, uma terra fértil é de cor escura e textura macia. É desejável forrar a cobertura do solo com uma camada fina de serragem, argila expandida, casca de árvore, entre outros, para proteger contra ervas daninhas, evitar a perda de umidade, isolar termicamente e, com sua lenta decomposição, adubar o solo.
A rega é um cuidado bastante importante. Se ocorre em demasia, suas raízes apodrecem e corre-se alto risco da planta morrer, além de estar mais propensa ao aparecimento de doenças. Certifique-se que o vaso tenha uma boa drenagem, com furos no fundo e um aumento gradativo da terra, para facilitar o escoamento, sem perda de matéria orgânica, como mostra na foto ao lado. Se há falta de rega, o desenvolvimento da planta é mais dificultoso e também pode levá-la à morte, se passar do teu limite de secura. A hora ideal para regar é no inicio da manhã, ou no fim da tarde. Um bom indício para saber se a planta necessita de água é a análise visiva: verificar se as folhas estão rígidas ou murchas, e tocar na terra para certificar sua umidade.
Com esse conjunto de informações é possível tirar a horta do plano das ideias e colocá-la em prática! Sua saúde e o planeta agradecem!